sexta-feira, 16 de março de 2012

Governo volta a discutir fator previdenciário com centrais sindicais


 
 
O governo federal retoma hoje (16) a discussão com as centrais

sindicais sobre aposentadoria. Um dos temas em pauta é o fator

previdenciário, cálculo usado para desestimular a aposentadoria

precoce do trabalhador.

Em entrevista ontem (15) ao programa Bom Dia, Ministro, o ministro

Garibaldi Alves Filho confirmou as negociações a respeito de

alternativas ao fator previdenciário e admitiu que a fórmula atual

penaliza o trabalhador na hora de calcular a aposentadoria. Ele

descartou, no entanto, o fim do mecanismo e sinalizou somente com

ajustes.

O fator é usado para inibir o trabalhador a se aposentar mais cedo. A

fórmula leva em conta a alíquota de contribuição, a idade do

trabalhador, o tempo de contribuição à Previdência Social e a

expectativa de vida da população. 
Parte dos sindicalistas quer a substituição do fator. A Central Única
dos Trabalhadores (CUT) defende a fórmula chamada 85/95. Se a soma da
idade mais o tempo de contribuição for igual a 85 (para mulher) e 95
(para homem), o trabalhador terá direito a receber 100% do valor da
aposentadoria.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Artur Henrique, o sistema atual do fator previdenciário não  tem
surtido o efeito para o qual foi criado, pois mesmo após a
aposentadoria, as pessoas precisam continuar a trabalhar para
complementar a renda.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da
Força Sindical, João Batista Inocentini, trabalha com proposta
diferente, em que a aposentadoria integral deve ser concedida quando a
soma da idade e do tempo de contribuição resultar em 80 (mulher) e 90
(homem). Além disso, o cálculo deverá ser revisto a cada dez anos para
acompanhar o aumento da expectativa de vida do brasileiro.
“Na realidade, o melhor era acabar com o fator previdenciário. Já que
não é possível, essa forma [fórmula 80/90] é mais justa”, disse
Inocentini.
Outro assunto em pauta deve ser o reajuste das aposentadorias acima de
um salário mínimo.

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